"Since animals don't get human diseases,
and humans don't get animal diseases,
vivisection cannot work."
~ Gary Yourofsky
"There has been opposition to experimenting on animals for a long time. This opposition has made little headway because experimenters, backed by commercial firms that profit by supplying laboratory animals and equipment, have been able to convince legislators and the public that opposition comes from uninformed fanatics who consider the interests of animals more important than the interests of human beings. "
~Peter Singer, Animal Liberation
Norah André
Num sentido amplo, uma fraude é um esquema ilícito ou de má fé criado para obter ganhos pessoais.
Vemos isto acontecer todos os dias, desde acordos comerciais fraudulentos, lobbies que lesam os interesses dos consumidores, "golpes de rua" e projetos de lei e/ou lobbies que se infiltram e "subsidiam" a classe política, com o único intuito de fazer representar seus próprios interesses, na maioria das vezes, senão em 100% dos casos, na contramão dos interesses dos cidadãos.
Há muito que insistimos na tecla de que o modelo de experimentação animal é uma fraude em si. Em poucas palavras, nos termos de Gary Yourofsky:
"Uma vez que animais não contraem doenças humanas,
e humanos não contraem doenças tipicamente de animais,
a vivissecção não pode funcionar".
Entretanto, sob o manto do "cientificismo", as fraudes não costumam ser fácil ou imediatamente detectadas. A palavra "ciência" parece ainda conferir um manto de credibilidade aos maiores absurdos que se possam sequer imaginar.
Imagino que, em parte, porque os homens de forma geral, adorem imaginar uma "superlatividade" sobre as outras formas de vida e sobre o próprio planeta em que vivem, a eles conferida pelo que consideram seu "intelecto superior", capaz de lhes conferir domínio sobre tudo aquilo que os cerca.
Afinal, "fomos à Lua", "desbravamos o espaço"!
(Curiosamente não conhecemos os oceanos, que recobrem 2/3 da terra em que vivemos ...)
O "jogo da fraude", para ser bem sucedido pressupõe este tipo de arrogância presunçosa e uma boa dose de ignorância do fraudado. Assim todos parecem "sair lucrando", é claro que alguns mais outros menos, sem falar nos interesses daqueles que são inteiramente lesados.
No caso da experimentação animal, os animais mutilados, envenenados e mortos, bem como a população humana cujos interesses de saúde e cura não são representados. Pelo contrário, são inteiramente descartados, e os únicos favorecidos são as indústrias farmacêuticas, suas seguradoras, os "times de cientistas"e professores com suas publicações sem valor e a captação de mais verbas para os mesmos protocolos falidos.
Já dizia Peter Singer, em Animal Liberation:
"Há oposição à experimentação em animais já por longo tempo. Esta oposição fez pouco progresso porque experimentadores __ apoiados por empresas comerciais que o lucro, fornecendo animais de laboratório e equipamentos __ têm sido capazes de convencer os legisladores e o público de que a oposição vem de fanáticos desinformados, que consideram os interesses dos animais mais importantes do que os interesses dos seres humanos."
Assim o assunto "pesquisa" continua sendo tratado com uma reverência que não merece. Tanto por parte da midia, como das publicações alegadamente científicas, como por parte da própria população humana, cujos interesses são constantemente contrariados e desconsiderados.
ENTRETANTO, o tema FRAUDE em pesquisas, está começando a ganhar espaço na midia.
"Pode-se enganar a muitos por pouco tempo, a poucos por muito tempo", mas como reza o ditado popular, "não a muitos por tempo longo demais".
A VERDADE tem o dom __ ou a "inconveniência", do ponto de vista dos fraudadores __ de se tornar clara um dia. Desde que estejamos dispostos a vê-la, bem entendido.
Em 2012, em setembro, Jeffrey Beall, teve um pequeno artigo-denúncia publicado na Revista Nature. Ali, o professor da Universidade do Colorado, expõe abertamente a questão da fraude em publicações alegadamente "científicas", publicadas apenas mediante o pagamento de taxa em dinheiro pelo "pesquisador" interessado, que gira em torno de U$ 1800,00.
Em seu blog Scholarly Open Access, Beall vem monitorando os jornais supostamente científicos que se prestam a, mediante pagamento, publicar pesquisas com resultados fraudados, plágios e todo tipo de ataque à verdadeira ciência e à ética mínima que dela se espera. E mais: ele se refere a pesquisas duplicadas, plagiadas, irrelevantes etc. Mesmo detectada a fraude, diz ele, na maioria dos casos estes artigos não são sequer retirados de circulação, nem mesmo na internet.
Mas vejam, trata-se apenas de uma pequenina ponta do iceberg.
Ainda não se chegou claramente a tratar aberta e rotineiramente da FRAUDE implicada em QUALQUER PESQUISA envolvendo animais.
Sequer se apontou o dedo para a ferida, o que seria possível simplesmente fazendo-se a pergunta:
"PORQUÊ as pesquisas precisam ser fraudadas?".
Sendo assim, pelo menos do meu ponto de vista, ainda tenta-se garantir um "status de respeitabilidade" ao modelo animal de pesquisa, separando-se o que querem nos fazer crer seja o "joio" do "trigo".
Atentem para a manobra.
Perigosa e dissimulada. Mas tão inverossímil quanto um jesuíta que se diz franciscano.
Infelizmente manobras do tipo ainda são facil e ingenuamente aceitas pela população mundial.
Exatamente nesta linha de dissimulação, vai o artigo publicado no Estadão de Herton Escobar, publicado em 2013.
Aumento de fraudes em pesquisas preocupa cientistas de todo o mundo
Diz a matéria:
"É uma coisa tão horrorosa e tão incômoda que, por muito tempo, preferimos acreditar que o problema não existia. Mas ele existe, e estamos lidando de frente com ele agora." A afirmação, do biofísico Paulo Sérgio Beirão, reflete bem o momento de enfrentamento vivido entre cientistas e aquele que provavelmente é o maior fantasma de sua comunidade: a prática de fraudes na ciência. O número de casos relatados de plágio, falsificação e até fabricação (invenção) de resultados em trabalhos científicos vem aumentando significativamente nos últimos anos, deixando no ar a sensação de que uma "epidemia de fraudes" está se espalhando pelo outrora inabalável universo da integridade científica."
Em outro trecho:
"As estatísticas mais alarmantes vêm dos Estados Unidos. Segundo dados divulgados em dezembro pelo Escritório de Integridade em Pesquisa (ORI, em inglês) do Departamento de Saúde do governo americano, o número de trabalhos retratados nos últimos dez anos só nas ciências biomédicas aumentou 435% - levando em conta artigos listados na base PubMed, referência bibliográfica internacional para pesquisas nessa área. No ano passado, 375 artigos da base foram retratados, comparado a 271 em 2011 e a 70, em 2003.
Criado há 20 anos, o ORI é encarregado de investigar denúncias de fraudes cometidas por cientistas que recebem recursos dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA."
Prossegue o incansável defensor das pesquisas em animais: "No Brasil. Os sintomas dessa "epidemia" ainda são amenos no Brasil, mas as agências reguladoras e de financiamento estão atentas ao problema e já se preparam para um agravamento no quadro local de denúncias."
Pessoalmente, recebo esta "onda de denúncias" com extrema preocupação.
Do meu ponto de vista, parece-se com uma nova estratégia de validação do invalidável, já que ao mesmo tempo em que se refere a "inúmeras fraudes", consequentemente está se reportando a experimentos e pesquisas, baseadas no falacioso modelo animal, supostamente "verdadeiras, éticas e de credibilidade e valor para a saúde humana".
Ou seja, "podemos e devemos" continuar com experimentos em animais, "desde que" saibamos quem faz as pesquisas "corretamente." Nada mais FALSO.
Uma mentira não encobre a outra.
Não existem "meias verdades".
Em ciência, ou É ou NÃO É.
Namaste.
Abaixo, na íntegra, para consulta direta, a publicação de Herton Escobar:
Aumento de fraudes em pesquisas preocupa cientistas no mundo todo
24 de março de 2013 | 2h 02
HERTON ESCOBAR - O Estado de S.Paulo
"É uma coisa tão horrorosa e tão incômoda que, por muito tempo, preferimos acreditar que o problema não existia. Mas ele existe, e estamos lidando de frente com ele agora."
A afirmação, do biofísico Paulo Sérgio Beirão, reflete bem o momento de enfrentamento vivido entre cientistas e aquele que provavelmente é o maior fantasma de sua comunidade: a prática de fraudes na ciência. O número de casos relatados de plágio, falsificação e até fabricação (invenção) de resultados em trabalhos científicos vem aumentando significativamente nos últimos anos, deixando no ar a sensação de que uma "epidemia de fraudes" está se espalhando pelo outrora inabalável universo da integridade científica.
Uma das causas seria o maior acesso à internet e a softwares, que facilitam tanto a prática quanto a detecção de fraudes.
As estatísticas mais alarmantes vêm dos Estados Unidos. Segundo dados divulgados em dezembro pelo Escritório de Integridade em Pesquisa (ORI, em inglês) do Departamento de Saúde do governo americano, o número de trabalhos retratados nos últimos dez anos só nas ciências biomédicas aumentou 435% - levando em conta artigos listados na base PubMed, referência bibliográfica internacional para pesquisas nessa área. No ano passado, 375 artigos da base foram retratados, comparado a 271 em 2011 e a 70, em 2003.
Criado há 20 anos, o ORI é encarregado de investigar denúncias de fraudes cometidas por cientistas que recebem recursos dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. O escritório recebe uma média de 198 denúncias por ano, das quais 36% resultam em condenação. Em 2011, segundo o relatório anual mais recente, foram recebidas 240 denúncias, e dentre as 29 investigações concluídas, 13 (44%) resultaram em um veredicto de culpa.
Números da Web of Science, a biblioteca digital que cataloga artigos das melhores revistas científicas do mundo, contam uma história semelhante, com um aumento significativo no número de retratações ao longo da última década. Só nos últimos dois anos, cerca de 800 trabalhos relacionados na base foram retratados, segundo estimativas divulgadas pelo site Retraction Watch, que publica diariamente notificações sobre pesquisas retratadas no mundo todo.
Trabalhos retratados são removidos da literatura e deixam de ter validade científica. A retratação não significa que tenha havido má fé por parte dos autores, mas é frequentemente relacionada a casos de má conduta.
No Brasil. Os sintomas dessa "epidemia" ainda são amenos no Brasil, mas as agências reguladoras e de financiamento estão atentas ao problema e já se preparam para um agravamento no quadro local de denúncias.
Beirão está na linha de frente desse movimento. Ele é o presidente da Comissão de Integridade na Atividade Científica (Ciac) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criada há um ano para lidar especificamente com esse assunto. Cabe à Ciac estabelecer regras de boas práticas e de conduta ética na atividade científica, assim como analisar denúncias de possíveis violações dessas regras, quando elas envolvem pesquisadores ou projetos financiados pelo CNPq.
"O número de denúncias não é muito grande, mas já aumentou desde a criação da comissão", relata Beirão, que também é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq. "Toda denúncia que chega é investigada, além de casos que nós detectamos por conta própria."
Na primeira reunião da Ciac, em julho de 2012, foram analisados quatro casos, incluindo três acusações de plágio e uma, de má conduta ética. "Em todos os casos, medidas prévias de punição já haviam sido tomadas e a Ciac decidiu por enviar notas de repreensão aos denunciados", informou a comissão.
Sete meses depois, na segunda reunião, realizada no início deste mês, foram dez casos, incluindo quatro acusações de plágio, uma de falsificação de resultados e cinco, de má conduta ética.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) trilha um caminho similar, iniciado em setembro de 2011 com a publicação de um Código de Boas Práticas Científicas, que estipula princípios fundamentais de integridade na ciência e determina regras e prazos para investigação de possíveis casos de má conduta. O código tem implicações diretas para todos os pesquisadores e instituições que recebem recursos da Fapesp.
"Em toda entidade de pesquisa deve haver um órgão exclusivamente encarregado de receber alegações de más condutas científicas relacionadas a pesquisas nela realizadas, avaliar seu grau de fidedignidade e especificidade e, se for o caso, iniciar e coordenar a investigação de fatos alegados", diz o código.
"A responsabilidade principal é das instituições; a Fapesp só intervém quando considera absolutamente necessário", complementa o filósofo Luiz Henrique Lopes dos Santos, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Coordenação Adjunta da Diretoria Científica da Fapesp.
Desde o lançamento do código, a Fapesp já abriu 14 processos administrativos por má conduta científica, incluindo 8 por plágio, 3 por falsificação de dados de pesquisa, 1 por plágio e falsificação de dados, 1 por falsificação de dados curriculares e 1 por quebra de sigilo de assessoria ad hoc. Desse total, sete processos continuam em andamento e sete foram finalizados - dos quais quatro resultaram em declaração de culpa e punição.
Gravidade. "A situação é mesmo preocupante", reconhece Santos. "Todas as instituições e todas as agências estão atentas a isso." Segundo ele, é importante que todas as denúncias sejam investigadas, mesmo que sejam anônimas. "Não importa quem fez a denúncia ou porquê. Se encontrarmos um bilhete debaixo da porta dizendo que há fraude numa pesquisa, vamos investigar. Não dá para ignorar nada."
Tanto Santos quanto Beirão, porém, enfatizam que as investigações devem ser conduzidas com respeito aos acusados e garantindo a eles amplo direito de defesa. A apuração dos fatos, segundo eles, é essencial para proteger a reputação dos pesquisadores, caso eles tenham sido acusados injustamente.
Mesmo nos casos em que o pesquisador for considerado culpado, as consequências devem ser avaliadas com cuidado. "As punições precisam ser dosadas muito bem, para não cometer injustiças", afirma Beirão. "Se a punição for muito leve, torna-se inócua; se for pesada demais, pode destruir para sempre a carreira do pesquisador."
Ambas as agências estão avaliando o que fazer com relação à divulgação - ou não - dos nomes dos pesquisadores culpados de má conduta. As punições podem variar desde uma nota de repreensão até o cancelamento de bolsas e exigência de ressarcimento dos recursos públicos empenhados na pesquisa.
Artigo de Jeffrey Bell, na íntegra, para consulta
NATURE | COLUMN: WORLD VIEW
J. SANCHEZ
Predatory publishers are corrupting open access
Journals that exploit the author-pays model damage scholarly publishing and promote unethical behaviour by scientists, argues
.
When e-mail first became available, it was a great innovation that made communication fast and cheap. Then came spam — and suddenly, the innovation wasn’t so great. It meant having to filter out irrelevant, deceptive and sometimes offensive messages. It still does.
The same corruption of a great idea is now occurring with scholarly open-access publishing.
Early experiments with open-access publishing, such as the Journal of Medical Internet Researchand BioMed Central, were very promising. Set up more than a decade ago, they helped to inspire a social movement that has changed academic publishing for the better, lowered costs and expanded worldwide access to the latest research.
Then came predatory publishers, which publish counterfeit journals to exploit the open-access model in which the author pays. These predatory publishers are dishonest and lack transparency. They aim to dupe researchers, especially those inexperienced in scholarly communication. They set up websites that closely resemble those of legitimate online publishers, and publish journals of questionable and downright low quality. Many purport to be headquartered in the United States, United Kingdom, Canada or Australia but really hail from Pakistan, India or Nigeria.
Some predatory publishers spam researchers, soliciting manuscripts but failing to mention the required author fee. Later, after the paper is accepted and published, the authors are invoiced for the fees, typically US$1,800. Because the scientists are often asked to sign over their copyright to the work as part of the submission process (against the spirit of open access) they feel unable to withdraw the paper and send it elsewhere.
I monitor predatory publishers on my blog, Scholarly Open Access, which has become a forum in which scientists can raise their concerns over the practice. They send me hundreds of e-mails passing on spam solicitations or asking whether a particular publisher is legitimate.
I also get e-mails from the predators’ victims. Some have been named as members of editorial boards without their knowledge or permission. Others have had an article partially or completely plagiarized in a predatory journal. Many ask me for advice on where to publish or how to withdraw an article that they wish they hadn’t submitted. As a librarian, I do my best to answer the questions I receive, but they often require expertise in the author’s field of study. So it is important that more scientists are made aware of the problem.
“Scientific literacy must include the ability to recognize publishing fraud.”
The predatory publishers and journals often have lofty titles that make them seem legitimate in a list of publications on a CV. Scholarly publishing’s traditional role of vetting the best research is disappearing. Now there is a journal willing to accept almost every article, as long as the author is willing to pay the fee. Authors, rather than libraries, are the customers of open-access publishers, so a powerful incentive to maintain quality has been removed.
Perhaps nowhere are these abuses more acute than in India, where new predatory publishers or journals emerge each week. They are appearing because of the market need — hundreds of thousands of scientists in India and its neighbouring countries need to get published to earn tenure and promotion.
Here, the problem is not just with the publishers. Scientists themselves are also to blame. Many are taking unethical shortcuts and paying for the publication of plagiarized or self-plagiarized work.
Honest scientists stand to lose the most in this unethical quagmire. When a researcher’s work is published alongside articles that are plagiarized, that report on conclusions gained from unsound methodologies or that contain altered photographic figures, it becomes tainted by association. Unethical scientists gaming the system are earning tenure and promotion at the expense of the honest.
The competition for author fees among fraudulent publishers is a serious threat to the future of science communication. To compete in a crowded market, legitimate open-access publishers are being forced to promise shorter submission-to-publication times; this weakens the peer-review process, which takes time to do properly.
To tackle the problem, scholars must resist the temptation to publish quickly and easily. The research community needs to use scholarly social networks such as Connotea and Mendeley to identify and share information on publishers that deceive, lack transparency or otherwise fail to follow industry standards. Scientific literacy must include the ability to recognize publishing fraud, and libraries must remove predatory publishers from their online catalogues. The worst offenders can usually be discovered without too much effort: their websites are littered with grammatical errors and they list bogus contact details. The borderline cases are more difficult to spot — here, we need open-access zealots to open their eyes to the growing quality problems.
Conventional scholarly publishers have had an important role in validating research, yet too often advocates of open access seem to overlook the importance of validation in online publishing. They promote access at the expense of quality: a shortcoming that tacitly condones the publication of unworthy scientific research.
- Nature
- 489,
- 179
- ()
- doi:10.1038/489179a
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