quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Jerry: O Cão Salvador? Conheça Critical Care Jerry


Jerry - o cão salvador

Em 16 de dezembro passado a RedeRecordR7 divulgou uma matéria que trazia um video do que chamou de "cão robot". 

Apesar da imprecisão da matéria, o fato é REAL. 
Foi de fato desenvolvido um cão boneco computadorizado feito de plástico, borracha e silicone, com o único e importante objetivo de facilitar os estudos sobre a anatomia animal. Com equipamentos que simulam não apenas a anatomia mas a fisiologia do animal, o cão-simulador, batizado de Jerry, permite que estudantes tenham o contato com um organismo animal sem precisar matar um animal. Exatamente como estudantes de Medicina não matam outros seres humanos para "estudá-los". Leia a matéria em:

Cachorro robô


A matéria divulga o video, mas com grandes imprecisões. 

Jerry na verdade não pretende eliminar as "experiências com animais". 
Entretanto, ele é a SOLUÇÃO DEFINITIVA para as verdadeiras ABERRAÇÕES ÉTICAS pra ticadas em cursos de veterinária, a pretexto de "ensino" ou de "aprendizado".

Sua divulgação mundial, feita pela INTERNICHE e por Nick Jukes, tem dado conhecimento à sociedade mundial deste importantíssimo avanço , que torna OBSOLETO e IMORAL a exploração dos corpos de animais vivos nas faculdades de veterinária de todo o mundo:


http://www.interniche.org/en/news/alternatives-outreach-iran


HOJE, está claro: só MATA QUEM QUER, em faculdades de 5a categoria, que NÃO QUEREM adquirir um simulador, preferindo continuar com o GENOCÍDIO SISTEMÁTICO de ANIMAIS nas "salas de aula", por julgar tal investimento "dispensável".


Sendo assim, e não apenas por estas considerações éticas, é preferível que alunos que DE FATO pretendam estudar, abstenham-se de frequentar faculdades deste naipe ...

Que dirá o que mais podem julgar igualmente "dispensável"! ....

Ontem dia 30 dezembro, tivemos a honra de receber uma visita na página do Cadeia: a do próprio Nick Jukes, que nos forneceu importantes esclarecimentos a mais sobre aquele a quem denomina Critical Care Jerry.





Reproduzo seus 3 comentários integralmente abaixo, em inglês, para consulta de todos.

Resumidamente: Jerry é usado para treinar estudantes de veterinária e profissionais na área clínica. Não é destinado à pesquisa e teste de drogas em desenvolvimento. Ele fornece de forma muito eficiente o aprendizado de como se aproximar de animais, fazer curativos, dar pontos, fazer compressões, dar injeções, tirar o seu sangue, consertar ossos quebrados e permite a familiaridade com uma série de sons cardíacos e respiratórios.
Por exemplo a fixação dos ossos (com pinos, placas, parafusos) necessariamente tria que se fazer através da vivissecção de um animal vivo, caso não existisse esta alternativa. Sua multifuncionalidade permite que Jerry substitua qualquer "uso nocivo de animais" ('harmful animal use'), ou  aquilo que chamamos de forma geral de "experimentação animal".




A prática de entubação, por exemplo, causa danos e stress em animais quando realizada por grupos de estudantes inexperientes em animais que não precisam ser submetidos a isso. Entretanto, hoje isto é praticado na maior parte de escolas de veterinária. Igualmente é capaz de causar muito stress nos estudantes e, como não pode __ ou melhor, digo, não deveria poder! __ ser repetida diversas vezes como assim o permite Jerry, oferece um aprendizado de baixíssima qualidade.
Os sons cardíacos de Jerry e sua respiração oferecem a possibilidade de reunir 10 a 20 anos de aprendizado de experiência clínica a partir de uma única ferramenta de ensino, o que demonstra categoricamente a eficácia dos simuladores e de métodos alternativos bem construídos.

Seu uso pode ser ainda mais variado: por exemplo, na África do Sul um grupo o está utilizando para ensinar às populações sobre como se aproximar convenientemente de um animal e como oferecer a ele um atendimento veterinário básico elementar.

Na Rússia vem sendo usado para ensinar o  efeito de substâncias farmacológicas aos estudantes, a partir de seus efeitos sobre o seu ritmo cardíaco e respiratório.

Esperemos MESMO que as faculdades brasileiras passem a adotar este modelo ÉTICO de ensino-aprendizagem de seus alunos, tornado possível por um investimento inicial necessário e plenamente realizável.

Só assim veremos um menor abandono das faculdades exatamente por aqueles estudantes mais qualificados eticamente, por não concordarem com o que hoje infelizmente ainda é o dia a dia nas faculdades brasileiras, de uma forma geral. 
Estudantes! Pressionem pela ética em sua faculdades e pratiquem a OBJEÇÃO de CONSCIÊNCIA, seu direito legal assegurado pela constituição em se associar à vivissecção e à experimentação em animais.


"Critical Care Jerry is used for training vet students and professionals in clinical skills acquisition. It has nothing to do with research and testing for drug development. It provides an effective way to learn how to approach animals, and bandaging, splinting, compressions, giving injections, taking blood, intubation, fixing broken bones, and becoming familiar with a wide range of breath and heart sounds. 


The fixing broken bones would be vivisection if done with a real animal - as it is sometimes - and many of the other functionalities can replace what we would describe as 'harmful animal use', or which we could loosely called 'animal experimentation'.

Practicing intubation, for example, causes injury and stress to dogs when done by groups of unskilled students on animals that do not need the procedure. It is performed widely on dogs in vet schools. It also causes a lot of stress in the students, and does not allow for repeated practice like a mannekin alternative can offer, so is a poor learning experience.

The breath and heart sounds of Critical Care Jerry does not replace any harmful animal use but offers 10-20 years of clinical learning experience concentrated into one powerful learning tool, demonstrating the power of simulation and well-designed innovative alternative methods."






Referindo-se ao uso lato que aqui fazemos do termo vivissecção, ele prefere que empreguemos o sentido estrito ao nos referirmos a Jerry,  uma vez que ele é na verdade uma alternativa para "usos indevidos de animais", uma vez que substitui igualmente procedimentos nocivos em geral, e não apenas experimentos em que se abre a corpo dos animais:

"I would change 'vivisection' to 'animal experiments' or more accurately 'harmful animal use' in your description, because what we are against is not always vivisection (cutting open) but is indeed always harmful. Unskilled practice of intubation by dozens of students on a dog, for example, is not vivisection, but we certainly want it replaced with alternatives. Also, we didn't develop Jerry, but we certainly promote him widely. 


Such a mannekin can also be used even more creatively: I know of a South African group that uses him to help teach people in the townships how to approach animals and very basic veterinary care; a Russian university that uses him in student pharmacology lessons to teach what drugs are relevant for various conditions as indicated by the breath and heart sounds; and a Mexican university that has attached him to apparatus derived from a human simulator to create training opportunities in veterinary critical care. 

Best wishes, Nick."

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