sábado, 2 de junho de 2012

Conheça o que você come: PORQUINHOS

Conheça o que você come: PORQUINHOS

Norah André


A maioria dos ocidentais nasceu em famílias não-vegetarianas.
Fomos, portanto, acostumados desde cedo a não fazermos a associação entre a "carne" que comemos e os simpáticos animais que tanto amamos e admiramos quando éramos pequenos.

Pelo contrário: fomos induzidos, pouco a pouco, pelos costumes da maioria da sociedade ocidental, a nos esquecermos desta conexão intrínseca entre suas vidas e seus corpos, de um lado, e a "carne" que nos foi servida desde sempre como algo "comestível e necessário" desde a nossa mais tenra infância.

Salvo raríssimas exceções, de pessoas que cresceram em famílias de vegetarianos, esta realidade nos foi ocultada, para o que a propaganda social muito contribuiu, ao mascarar sob "rótulos felizes" de "produtos" à venda nos supermercados, aquilo que foi, um dia, a VIDA arrancada de um animal.

Mais do que isso: fomos levados a restringir, pouco a pouco, aquilo que denominamos e sabemos ser "animais". Se crescemos em "boas famílias", fomos ensinados a respeitar cães e gatos, passarinhos e talvez algum outro bichinho "sortudo", aos quais tratamos como "pets". Estes sim, objeto da educação que recebemos, como "merecedores" do nosso carinho e respeito.

Como muito bem me disse no outro dia meu amigo João Oliveira,
 "A grande dificuldade em se sentir empatia por quem não conhecemos explica também em parte por que motivo ainda há tantas pessoas que dizem respeitar os animais, mas continuam a comê-los. Certamente, a maioria das pessoas seria incapaz de continuar a comer animais se associasse aquilo que tem no prato a um rosto ou à personalidade de um ser único e insubstituível. Um ser tão único e tão merecedor do nosso respeito como os cães ou os gatos com que convivemos de perto e que jamais conceberíamos explorar para nossa alimentação."


No que se refere aos porquinhos não é diferente o que acontece.
Poucos, mesmo quando adultos, fazem a associação entre o "pernil" e o animalzinho lindo e cor de rosa dos livros infantis:


Pouquíssimos __ muito menos de nós ainda __ os comeriam se fosse eles próprios a ter que matá-los. A Verdade é que:
 - Para que você consuma qualquer "tipo de carne", um animal foi assassinado, depois de pendurado pelos pés e ter seu peito ou garganta cortado, sangrando até a morte.
- Não é porque não foi a SUA mão que desferiu o golpe, que você não faz parte desta cadeia de atos.
- Da mesma forma que se você compra um produto roubado, você comete o CRIME de receptação.
- Presume-se que o comprador final SAIBA a procedência do "produto" ...


Há muito que a ciência reconheceu a extrema inteligência destes animais.
Um porquinho adulto tem inteligência comparável à de uma criança de aproximadamente 3 anos de idade.
Se lhes é dada a oportunidade de viver de forma natural, são animais extremamente limpos, afetuosos e capazes de estabelecer relações de profunda amizade com o homem.
Há quem tenha reconhecido que os porquinhos podem ser maravilhosos animais de companhia, capazes de atos de bravura e lealdade para com seus "donos", como foi o caso da porquinha fêmea que atraiu a atenção da vizinhança nos EUA quando sua amiga humana teve um enfarte dentro de casa, colocando-se bem no meio da rua entre os carros. Os vizinhos, estranhando o comportamento do animal, a quem conheciam, acudiram em socorro da velha senhora inconsciente dentro de sua própria casa. Não fosse a porquinha, certamente sua tutora teria morrido, sem atendimento médico.
 

Infelizmente a sociedade humana retirou destes animais toda a sua condição de seres sencientes, condenando-as à morte como mercadoria para a mesa humana.
Se um deles pudesse se fazer ouvir, com certeza nos diria: "Meu nome não é "pernil". (Nem bacon, nem mortadela, nem linguiça, nem presunto).
"Eu sou um PORQUINHO e QUERO VIVER, tanto quanto VOCÊ!"
 Estes mesmos animais, capazes de tantas demonstrações de afeto e inteligência, hoje são submetidos a condições abjetas e aterradoras por seus "criadores":











Você que se deu ao trabalho de ler o que foi escrito até aqui, neste pequeno artigo, com certeza não gostará de saber o que é feito com estes pequenos:



Navarra | Granjas de cerdos - Pig farms from IgualdadAnimal | AnimalEquality on Vimeo.


Consulte farto material sobre o que é a hoje (inconcebivelmente aterradora) realidade da criação de porquinhos para consumo humano em: Animals Australia



Este material faz parte de um projeto de conscientização permanente, divulgado intensamente antes do período dos festejos natalinos.
Infelizmente, e por "tradição"/hipnose coletiva, o porquinho acaba se tornando o "prato" das ceias natalinas de muitos, e seu corpinho acaba sendo o que muitos consideram "o centro da mesa" em memória a Jesus.

Há muitos que acreditam pode provar por recurso a documentos históricos que Jesus era vegetariano, assim como os primeiros cristãos:

http://www.elmundo.es/cronica/2003/385/1046615205.html

Neste Natal, faça diferente.Na verdade, comece desde hoje ....
Tenho certeza de que você irá se sentir muito melhor com você mesmo.


Faça diferente. Algo bem mais compatível com o nascimento do Mestre, a quem o Natal supostamente faz referência.
Ao invés de comer seus irmãos ou de gastar muito dinheiro com presentes sem fim, presenteie Aquele a cuja memória deveríamos honrar com nossos ATOS, não apenas neste, mas em como todos os dias de todos os anos de nossas curtas vidas.
Considere a possibilidade de aderir ao vegetarianismo/veganismo. Desde já.
A única atitude eticamente coerente para quem de fato ama animais, e não apenas cães e gatos.

2 comentários:

  1. Achei o texto muito bom! Gostaria de saber o nome do autor do texto e pedir permissão para postá-lo num jornal da minha cidade. Seria possível?

    ResponderExcluir
  2. Pode sim, Miguel. desculpe-me. Só vi sua pergunta hoje, todo este tempo passado. Sou Norah André a autora do texto e editora deste blog. Obrigada.

    ResponderExcluir