Por favor enviar seus e-mails para:
veterinaria@mail.telepac.pt, dirgeral@dgv.min-agricultura.
com cópia aberta c/c para:
icferreira@dgv.min-
Título: à sua escolha, ou
Associação de Protecção e Apoio ao Animal Errante
Mensagem-modelo sugerida:
Exmos. Senhores,
No website da associação de Castelo Branco pode-se ler “Este Santuário dispõe de vários equipamentos como Gabinete Médico, Zona de Banhos e Tosquias, Zona de Quarentenas, Creche, Lar de 3ª Idade (para os mais idosos e fragilizados), enfermarias, duas cozinhas, armazém de rações, armazém de materiais, um pequeno gatil, uma área de recepção para visitantes, um hotel canino e um estacionamento amplo e parcialmente coberto.
Este projecto é frequentemente visitado por escolas e alvo de diversas campanhas de solidariedade e estudos por parte das mesmas.”
Várias são as situações que vão contra as aparentes práticas e ideais da APAAE:
1 – Não são facultados quaisquer recibos comprovativos de donativos, quotas de sócios, pagamento de serviços (vacinação, tosquias, banhos, estadias em hotel), tratamentos de carácter veterinário, cirurgias, compras na loja e adopções.
2 – Não existe qualquer tipo de critério relativamente aos adoptantes de animais, tendo as adopções em vista apenas o lucro que advém da taxa de adopção de 15 euros, possíveis vacinações e/ou castrações/esterilizações dos animais.
3 – A alimentação base diária dos cães é constituída por bolos e pães, sendo a ração facultada no caso destes não se encontrarem disponíveis. A associação tem um acordo verbal com a pastelaria “Montalvão”, recebendo as sobras diárias da mesma, entre elas rissóis, croquetes, chamuças, pães, tigeladas, bolas de berlim, pasteis de nata e outro tipo de bolos disponíveis, muitos com creme de ovos ou chocolate. Por vezes as sobras já se encontram em decomposição, muitas vezes à Segunda-feira, uma vez que não existe recolha dos bolos ao Domingo. Não existem guias ou qualquer tipo de documento que comprove a recolha das sobras da pastelaria por parte da associação..
4 – Muitos dos animais presentes na matilha encontram-se necessitados de cuidados médicos, sendo muitas vezes negligenciados. Foram presenciadas situações de animais com ferimentos resultantes de lutas, por tratar, um animal com sarna não controlada juntamente dos outros animais, entre eles uma cadela em pós-operatório, com os pontos expostos. A obesidade mórbida em certos animais presentes na associação é flagrante, entre eles o ‘chefe’ da matilha, “Golias”, que tem dificuldades extremas de movimentação e a “Tirana”, que entretanto faleceu. Muitos animais apresentam uma quantidade anormal de carraças, considerando que é alegado que lhes são fornecidos os tratamentos adequados para esse tipo de situações. As carraças não são removidas ou quando o são, são arrancadas à força, deixando feridas visíveis nos animais, colocando em risco a sua saúde.
Outra situação sem explicação aparente é a redução drástica do número de habitantes do parque que se tem vindo a verificar nos últimos anos. Neste momento residem pouco mais de 50 animais na associação, tendo chegado a existir mais de 300 animais há não muito tempo.
5 – Foram presenciados vários casos de usurpação de funções o que é considerado, aos olhos da lei, crime. A Presidente da Associação realiza todo o tipo de intervenções de carácter veterinário, não só diagnósticos e vacinações como intervenções cirúrgicas, apresentando-se a alguns visitantes como sendo Médica Veterinária. Para além da evidente falta de formação, as cirurgias são realizadas à porta fechada, numa simples mesa, não havendo as condições necessárias à realização de uma intervenção desse calibre. Por norma apenas três pessoas estavam presentes nessas alturas, a Directora, o Encarregado do Parque e aRelações Públicas, havendo algumas excepções, como certos voluntários e ex-funcionários. A Presidente da associação delegava também algumas dessas funções para a Relações Públicas e o Encarregado do parque, nenhum deles com qualquer formação veterinária.
O Veterinário Muncipal assina receitas sem critério ou faculta todo o tipo de medicação, nomeadamente o medicamento “Eutasil”. São também utilizados medicamentos que já ultrapassaram o prazo de validade há bastante tempo.
6 – Face a questões apresentadas a Presidente teve algumas afirmações, entre elas:
- “Vários bancos disputam a nossa conta bancária!”
- “ O chocolate não faz mal aos animais, isso é mentira!”
- “Na garagem da Relações Públicas existe mais de 1000 kg de ração. Não precisamos de Campanhas de Recolha de Alimentos, só aqui estamos quando nos é solicitado.” (Agriloja)
- “Aprendi a fazer cirurgias com o Doutor Alexandre. Tenho como base a Bíblia da Medicina Veterinária que o mesmo me facultou.”
Acrescenta-se também uma afirmação por parte do Veterinário Municipal, na sequência de uma dúvida relativamente a uma gravidez em que, dirigindo-se à Directora, sugeriu: "Pode abrir a barriga da cadela sob minha responsabilidade".
Os antigos funcionários que passaram pelo parque tiveram conhecimento de muitas destas situações, assim como as voluntárias.
O Contabilista tem também conhecimento de tudo o que se encontra descrito neste texto, apesar de desconhecer a sua participação activa nas situações.
Mais recentemente as 4 cadelas que pertenciam à Relações Públicas apareceram mortas de um dia para o outro, tendo sido publicado que foram assassinadas por alguém que entrou às escondidas na Associação. Foi afirmado que se tinha conhecimento do autor do crime e que era apenas uma questão de tempo até recolherem as provas para o incriminarem. Passados alguns dias foi afirmado que afinal as 4 cadelas morreram no mesmo momento por negligência de duas pessoas, tendo a Relações Públicas e o Encarregado do Parque sido afastados.
Para além destes factos existe uma rotatividade de funcionários anormal, estando as pessoas que lá trabalham a ser constantemente afastados, com os mais variados pretextos.
Foi realizada uma denúncia a título individual, com o conhecimento e apoio de várias pessoas envolvidas/conhecedoras deste caso, relativamente a estas ocorrências a 13 de Maio de 2011 aos Serviços Centrais da Direcção Geral de Veterinária- Divisao de Bem Estar Animal. Esta denúncia só foi reencaminhada para a Divisão Regional da Guarda a 29 de Junho de 2011 e até à data presente ainda nao foi reencaminhada para Divisão de Intervenção Veterinária de Castelo Branco, que deveria ser responsável pela investigação e resolução deste caso.
Desta maneira, venho solicitar que esta situação seja investigada e solucionada rapidamente, uma vez que são dezenas de vidas que se encontram em risco.
Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.a, apresento os meus melhores cumprimentos.
(seu nome, cidade, país, e-mail)
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