Embora claramente exista hoje um número mínimo de pessoas que não acreditem na senciência (capacidade de sentir medo, dor, afeto) dos mamíferos __ afinal a maioria das pessoas tem um casa um gato, um cachorro ou um outro bichinho que considera de sua "estimação" __ curiosamente este reconhecimento não é extensivo a outros animais, ainda considerados pelo grosso da sociedade humana como "gado" ou "animais para consumo".
Nos termos de Tom Reagan, parece que a sociedade humana sofre de algum tipo de "esquizofrenia" parcial nesta área, incapaz que se mostra de entender com naturalidade que a "carne" da qual se alimenta provém da morte e esquartejamento de animais. Esta afirmação não é nada distinta da de Paul McCartney, quando afirma que se os matadouros tivessem paredes de vidro e a realidade dos abatedouros fosse de conhecimento público, provavelmente a humanidade já teria aderido expressivamente ao vegetarianismo.
Seja pelo hábito, seja pela hipnose social, que propositadamente mascara o massacre, é como se a maioria das pessoas tivesse que refazer a conexão entre aquilo que come e o animal de cuja morte o alimento provêm.
Hoje os olhos da sociedade humana começam a se voltar para as chamadas "fazendas industriais", e os métodos de criação de bois e vacas para o abate aí conduzidos começam a ser duramente criticados, por sua absoluta falta de escrúpulos e atendimento mínimo das necessidades dos animais explorados, mantidos em áreas ,minúsculas e em condições absolutamente anti-naturais durante todas as suas vidas, desde o nascimento até o momento de seu assassinato.
ENTRETANTO, mesmo em se tratando da oposição às fazendas industriais, o que não está sendo considerado é que MESMO os ANIMAIS criados em PASTOS, "à antiga", são igualmente submetidos ao longo de suas tristes vidas a uma infinidade de "estágios" do mais puro horror e indignidade.
E, MAIS que ISSO, qualquer preocupação que se limite à forma com que são tratados (com mais ou menos "crueldade", nos termos bem-estaristas) é uma tentativa de OBSCURECIMENTO da questão central: MATAMOS seres sencientes que, tal como nós, tem interesse __ e DIREITO __ em se manter vivos.
Mesmos às vaquinhas a quem é dada a oportunidade de pastar (o que não acontece nas "fazendas industriais" __ chega o momento em que os pecuaristas entendem que é "hora de engordá-las": são aglomeradas em grande quantidade, onde passam a receber alimentação em forma de grãos. Além das dificuldades digestivas causadas pela mudança na alimentação, estes locais são geralmente muito sujas e os animais tem que se defender das infestações de parasitas e moscas, o que faz com que muitos percam peso, ao invés de adquiri-lo, dada a intensidade do stress provocada pela mudança de habitat e de alimentação, bem como à grande aglomeração. Isso sem falar na "desinfecção" com produtos tóxicos, ou na adição de outras substâncias, como estrume de aves e de suínos, para "baratear" a ração fornecida.
Chegada a hora em que os pecuaristas consideram que o animal está suficientemente gordo para ser "vantajoso" abatê-lo, ele é transportado em caminhões superlotados até o local de abate. No percurso são vítimas de maus-tratos (chutes, choques elétricos e outros tipos de "recurso" para fazê-las obedecer). Muitos animais chegam machucados e com fraturas, sem falar na sede e no pavor. Animais que tenham sido muito machucados __ às vezes o transporte pode levar dias ou semanas, como é o caso dos animais exportados e embarcados em navios para o abate em outros países __ são simplesmente descartados e empilhados, e deixados para morrer sem qualquer tipo de assistência ou eutanásia.
Durante o trajeto os animais são deixados sem água ou comida, em meio aos excrementos uns dos outros, submetidos a diferenças imensas de temperatura em caminhões sem cobertura, fatos responsáveis pela chamada "febre de embarque". As condições são de tal forma degradantes e abusivas que os exploradores já contabilizam antecipadamente aquilo que chamam de "downers" ou "baixas, isto é, o "prejuízo" que terão com os animais que sabidamente chegarão muito doentes e/ou incapazes de andar ao local de abate.
Vaquinhas e Bois a caminho do seu prato:
Aqueles que sobrevivem ao horror do transporte são direcionados à área de abate:
- os animais são então aglomerados numa área de espera;
- em seguida são enfileirados em um curral, para os quais são conduzidos por toques de vara ou eletro-choque;
- depois de fustigados por um indivíduo que fica separado deste corredor por uma porta de aço, um por um destes animais passa pelo que os pecuaristas denominam de "pré-abate", pelo qual são atordoados seja com um pistola pneumática, seja com choques elétricos, seja com golpes de marreta em suas cabeças;
- o animal é então pendurado de cabeça para baixo por uma das pernas e seu peso faz com que seus tendões se rompam;
- em seguida se abre uma fenda em seu corpo para o posterior esfolamento e retirada de seu "couro" (muitos animais recobram a consciência pela dor intensa);
- são em seguida degolados e seu sangue escoa para dentro de tanques destinados a esta finalidade;
- o animal é descido dos ganchos para ser retalhado e esfolado. Muitos animais chegam a este estágio do "processo" ainda VIVOS e são vistos ainda piscando enquanto tem suas partes cortadas(tetas, patas e língua);
- seu corpo inerte é então dividido em 2 metades, num corte longitudinal ao longo de sua coluna vertebral por uma serra elétrica;
- assim esquartejado, as 2 partes do que sobrou daquele ser vivo são refrigeradas em câmaras frigoríficas;
- a última fase do "processo" inclui, no momento considerado "oportuno", esquartejá-lo em pedaços e empacotá-lo.
(fontes: PEA e INR)
Esta é a estória e o trajeto de incontáveis milhões de vidas até chegarem à sua mesa.
Não há como fugir de FATOS .....
A chamada "indústria da carne" é exatamente isso.
NÃO é uma indústria, até porque o conceito de indústria implica na transformação de algo em outra coisa.
Aqui só o que se vê é MORTE.
Muitas vacas são sacrificadas grávidas e seus filhotes não-nascidos levam muito tempo antes de morrer, depois que suas mães tem suas entranhas removidas ...
Repense seus hábitos alimentares.
Dê uma chance aos animais.
As estatísticas apontam para a estimativa de que um único ser humano, ao se alimentar, é responsável pela morte de pelo menos 7 bois ou vacas de aproximadamente 500 kg cada, não contabilizadas nesta estimativa os filhotes que tiveram e foram sacrificados ainda bebês ou antes de nascer.
Abusar da falta de defesa de um inocente é crime aos olhos do Universo.
Comemore e Respeite a Vida!
Ela é um bem precioso para todos.
Namaste.
Rejeitar o carnívoro humano, digo, o hábito de comer carne.
ResponderExcluirEdusco, acho que quiseste dizer " evitar comer carne",é isso?
Excluirrealmente ñ temos como esconder a repulsa por saber o sofrimento a qual são submetidos os animais para satisfazer a vontade humana. Q ue diga-se de passagem, são pessoas q nunca pararam pra ver o sacrificio destes indefesos animais para q cheguem a sua mesa. diga NÃO a carne em sua mesa.
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