"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."
Estas linhas eternas __ não importa a polêmica se de autoria de Eduardo Alves da Costa ou de Maiakóvski __ nunca foram tão atuais.
No último fim de semana, em Porto Alegre, foi realizada o que alegavam ser uma "exposição de arte alternativa", sob o nome de QueerMuseu, que consistia na exposição de pinturas que reiteradamente tratavam de imagens, no mínimo, bastante controversas, ao expor cenas de zoofilia e pedofilia. Além disto, entre as "obras" expostas, muitas evidenciavam um flagrante desrespeito a símbolos cristãos (como as hóstias) e à figura de Jesus. Quanto a estas últimas, não há dúvidas, constituíam um evidente vilipêndio religioso da religião que predomina no Ocidente.
A exposição, patrocinada pelo Banco Santander, recebeu cerca de 1 milhão de reais da Lei Rouanet, tendo sido, portanto, subsidiada com o dinheiro do contribuinte, justo num momento em que os cortes de receita tem atingido tão duramente setores básicos para a população do país, tais como saúde, educação e segurança.
A pergunta é: PORQUE ISSO e PORQUE AGORA?
Desnecessário repetir aqui o que foi a repercussão extremamente negativa da dita exposição. Ainda bem. O Banco Santander, diante da fuga de clientes que aconteceu em resposta à exposição, acabou se vendo forçado a fechá-la.
Os defensores de tal "projeto artístico" alegam que ela tinha o propósito de "estimular o debate" de temas atuais.
Ora, o que há para ser debatido quando estamos diante do abuso sexual de animais e de crianças?
NADA, segundo o meu ponto de vista.
Certas coisas não se debate. Elimina-se pela raiz, com a força da LEI.
A mera idéia de usar sexualmente criaturas __ humanas ou não humanas __ incapazes de dar o seu consentimento repugna a sociedade como um todo. E não se limita aos ativistas da causa dos direitos animais.
Não creio que haja dúvidas a respeito.
Então PORQUE ISSO?
A meu ver, trata-se de uma podre estratégia de engenharia social de tentar "normalizar" o inaceitável __ apresentando-o como "obra de arte" __ o que deve ser duramente repelido por todos nós. Banalizar o execrável é uma estratégia bem conhecida.
Ocorre-me, ainda __ e não creio estar devaneando __ que a real motivação para apresentar a zoofilia e a pedofilia como "questões a serem debatidas" parece ser a de "preparar o espírito" da sociedade para ser condescendente e "julgar aceitáveis" certas condutas de futuros imigrantes islâmicos aqui no país.
Tais condutas, já recorrentes em outros países que acolheram imigrantes islâmicos, referem-se a casamentos/estupros de meninas a partir de seis anos de idade, violência sexual contra crianças e violência sexual contra animais. (Isto sem mencionar a extirpação da genitália de meninas, estupros de crianças, violência sexual contra mulheres e a destruição de símbolos cristãos.)
Isto responde à questão PORQUE AGORA?, uma vez que novas leis de imigração foram recentemente aprovadas.
Para ser justa, diversas obras retratavam a diversidade sexual entre adultos consentes. Quanto a isso, tudo perfeitamente okey. A não ser pelo fato de que, fosse eu gay, com certeza me sentiria absurdamente insultada por ver minha sexualidade ultrajada pela associação, na referida "exposição artística", ao que há de mais vil, como a zoofilia e a pedofilia, que considero como atos de violência extrema contra seres indefesos e incapazes de fazer valer a própria vontade.
A sociedade está diante de um desafio. Um abismo separa o ocidente do oriente em termos de valores e religiosidade. Mas não será sendo permissiva e desconsiderando seus próprios valores que conseguirá lidar com a "diversidade" representada pelos futuros imigrantes. Se o fizer, será devorada e lançada a um estado de caos, como vem acontecendo em boa parte da Europa.
A pseudo tentativa de crítica, alegada pelos promotores da exposição, como motivação para sua realização se auto desmascara, uma vez que foi exibida irrestritamente ao público infantil, incapaz, por definição, de usar os adequados filtros para interpretá-la como "crítica".
Mais que isto, como ativistas da causa animal, estamos também muito apreensivos diante dos preceitos muçulmanos que pregam a realização de sacrifícios animais em certos períodos do ano. Como sociedade, NÃO podemos permitir que tais costumes se reproduzam aqui, como também tem se constatado acontecer na Europa. Tampouco podemos ser condescendentes com o sacrifício Halal que, tal como o costume Koscher dos judeus, preconiza o abate de animais sem sequer um atordoamento anterior.
Na verdade, não queremos ser condescendentes com qualquer tipo de abate animal!
E, se já encaramos uma guerra sem tréguas para desmascarar o "abate humanitário" e levar as pessoas a compreenderem que todo e qualquer tipo de abate animal é criminoso em si mesmo, a mera idéia de vermos instalada mais uma diversificação desta prática injustificável eticamente nos é duramente repugnante.
Preocupa-nos imensamente, ainda, a concepção islâmica de que cachorros seriam animais "impuros", o que já vem causando diversas restrições à livre movimentação destes animais em locais públicos em países como a Inglaterra e o Canadá.
Não há dúvidas de que vivemos momentos em que uma permanente orquestração social está em andamento, como o demonstra a tentativa de implantação de um kit de ensino sexual nas escolas, já a partir dos 6 anos de idade, idade em que uma criança absolutamente não tem qualquer interesse consistente no assunto. Posso com certeza afirmar que denuncio esta manipulação do imaginário infantil como sendo uma tentativa de apropriação sexual da sexualidade do indivíduo pelo estado. Portanto não me parece fantasioso supor que pretenda alcançar outros objetivos, além deste.
NÃO consintamos que animais (e crianças) sejam expropriados de sua própria condição como seres sencientes. Aos quais, por sua vulnerabilidade intrínseca, devemos proteção e zelo por sua integridade física e emocional.